As culturas geneticamente modificadas na agricultura portuguesa: do produtor ao consumidor
21 de novembro 2014
Escola Superior Agrária de Coimbra
21 de novembro 2014
Escola Superior Agrária de Coimbra
Em 1983 o mundo conheceu as primeiras plantas geneticamente modificadas produzidas em laboratório. Passados 30 anos as culturas geneticamente modificadas fazem parte da tecnologia agrícola a nível mundial. A cultura em larga escala começou em 1996, e em 2012, cerca de 170 milhões de hectares foram cultivados com culturas geneticamente modificadas (CGM) no mundo (Nature 497, 22–23, 02 maio 2013). Cerca de 50% dessa área é cultivada com a soja tolerante ao herbicida (HT) e 31% com o milho (Bt) (Lusser et al. 2012). Em 21 de Abril de 2005, Portugal transpôs a legislação europeia sobre a libertação em meio ambiente de CGM (milho Bt). Ainda em 2005 foi elaborado o 1º Relatório de acompanhamento de coexistência entre produção de culturas geneticamente modificadas e outros modos de produção pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, tendo sido elaborados outros relatórios com a periodicidade exigida. Em Portugal a área cultivada com o milho geneticamente modificado em 2012 foi de 9278 hectares o que representa um aumento significativo em relação de 2010 (2262 ha). Apesar da legislação, do cuidado dos agricultores no seu cumprimento e do acompanhamento técnico do processo, persistem as preocupações com este modo de cultura.
Patrocínios
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Importa lembrar que entre 2009 e 2012 o autoaprovisionamento de milho em
Portugal foi de cerca e 30%. Considerando que os Estados Unidos da América
exportaram cerca de 60% do milho transacionado mundialmente e que 90% da área
do milho cultivado é proveniente da engenharia genética (NASS, 2013), estaremos
nós, por um lado, a perder um potencial económico respeitando os outros modos
de cultura ou, por outro lado, a preservar o meio ambiente e a saúde humana
como nos compete?
A Escola Superior Agrária de Coimbra, com o objetivo de informar e acompanhar os agricultores e os consumidores, organiza este seminário, no dia 21 de novembro de 2014, para um melhor esclarecimento técnico-científico sobre as questões relacionadas com as culturas geneticamente modificadas em Portugal, contribuindo assim para o desenvolvimento económico e social de quem trabalha na agricultura e para uma melhor formação da opinião pública em geral no que diz respeito à saúde e à proteção do ambiente. |